terça-feira, 27 de março de 2012

Texto: Garota Vivida


Pequena garota, rosto cheio de transparências tão visíveis que podiam cegar um olhar especulador. Garota crescida, porém com pensamentos tumultuados, mas silenciosa com um jeito pouco insensível, uma mão fria e um olhar pesado. Madura por fora, criança por dentro, ela era assim: Meia infantil, meia madura, uma meia lua. Um tipo de garota dividida entre metades, às vezes errada, às vezes certa, às vezes fria, às vezes quente. Cheia te fetiches, era hipnotizante, era tentadora. O tipo de garota que mais do que chamava atenção, atraia.  Garota vivida, ah e como era. Estampava um "Ah que se dane, a vida é minha" bem visível para deixar claro a todos. Garota aventureira, um pouco masoquista e cheia de adrenalina, vivia sem limites, vivia no perigo e gostava. Claro que sim, ela preferiu assim, viver sem hesitar, vivia a cada dia como se fosse o ultimo, e não estava errada, muito pelo contrário, ela fazia a coisa certa, e mais ainda nem sobrava tempo para se lamentar , para sentir infelicidade, para sentir dor, nada disso! Medo? Ela não tinha, não mesmo. Sorte a dela. Ela aprendeu a se amar, acima de tudo, soube se aceitar do jeito que é. E sabe o que ela fazia para quem era contra? Ignorava, até não conseguir mais, mas às vezes, nada que um "foda-se filho da puta, a vida é minha" para ajudar a calar a boca de alguns faladeiros. Mas mesmo com essa vida tumultuada e aventureira ela era feliz e isso é o que importa 

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